Matéria Especial
Escritor rosarense, colaborador do site, visita o Benficanet - 12/03/2014

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É sempre uma alegria receber pessoas como o Sr. Asséde Paiva aqui no Benficanet. Ele que nasceu em Rosário de Minas, chegou a morar em Benfica quando menino e hoje amante das palavras, registra suas lembranças, experiências e até mesmo desejos em livros, contos e textos, alguns deles compartilhados no espaço "Recordar é Viver" aqui no site.


Uma pessoa bastante agradável e cheio de assunto, muito interessado em encaixar as peças de nossa história, antepassados, recompor lembranças, registrando tudo para que nada fique no esquecimento. Sr. Asséde esteve aqui no dia 12 de março, nos acompanhou num almoço regrado a um bom bate papo e, mesmo que em tempo curto, é sempre uma honra a sua presença. Uma pessoa muito especial que demonstra imenso respeito por nosso trabalho.


Sr. Asséde não esconde as boas recordações e nem o carinho por nossa região. Percebemos isso lendo as histórias que ele escreve como em R E M I N I S C Ê N C I A S  -  Benfica 1952, onde conta sobre sua vinda para Benfica, ainda bem jovem, na época em que frequentava o cineminha da FEEA, se lembrando de amigos inesquecíveis e de detalhes do local como a fazenda dos Barbosa...


A memória histórica da terra natal que podemos conferir em UM LUGAR MUITO ESPECIAL - Rosário de Minas, contagiante por nos levar a uma viagem no tempo e que emociona por tratar de um lugarzinho tão distante, que denomina de seu "berço, Rosário"... Lembranças de festas, personagens do lugarejo, momentos não muito agradáveis, amores e desamores, tudo muito bem guardado no coração.


Em Falemos de Chapéu D’Uvas, Sr. Asséde usa o ensinamento de Mario Quintana: "O tempo não passa! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo", e revela em seu texto beldades "chapéuduvenses", com riqueza de detalhes ao se recordar de vários nomes e famílias daquele lugar, que floresceu no século XVIII, com o nome de Chapéu d’Uvas. Chegou a ser elevado a paróquia, em 1764, com o título de Nossa Senhora da Assunção do Engenho do Mato, no "lugar de Chapéu d'Uvas". Era, entretanto, designado comumente como Engenho do Mato.


Amor e preocupação pelo nosso Paraibuna, num apelo que mostra o desabafo de um Rio que sem florestas, sem ramagem lateral, sem remansos piscosos, vai emagrecendo, afinando, quase rastejando. Sua lâmina d’água bem menor, bem menos do que era. Outrora, rio grande, hoje pequenino... "Ah! os percalços da vida de um rio maltratado... Fiquem sabendo, escrevam, meditem, abracem-me novamente... por favor, ajam, antes que seja tarde demais! Sou vida; se eu morrer, vocês lamentarão e vão sofrer e morrer também. Continuarei a caminhar, pois sei contornar os obstáculos, no eterno fluir do tempo." Vale a pena conferir!


Citamos apenas alguns de tantos belos textos com palavras tão bem atribuídas, por um escritor que decidiu não guardar apenas pra si a riqueza e o valor dessas histórias. Parabéns Sr. Asséde e agradecemos pela dedicação!

  
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