A criação do primeiro jornal do bairro
Benfica está fazendo 100 anos. Foi em 22 de março de 1910, numa
iniciativa
de Jesus de Oliveira, que veio a público a primeira experiência
de publicação de um jornal impresso na localidade:
O INDEPENDENTE.
Na ocasião, Jesus tinha 19 anos de idade e seu pai, o ex-vereador e
comerciante local, Eloy Praxedes Braga, impediu sua circulação
por entender que o rapaz só deveria faze-lo ao completar os 21
anos.
Impresso em quatro páginas, com a proposta de periodicidade
quinzenal, O INDEPENDENTE trazia crônicas, piadas, poemas,
recados amorosos, textos de autores consagrados e notas sobre o
cotidiano.
Jesus de Oliveira tornava-se, assim, o pioneiro do jornalismo em
Benfica. Passados dois anos, ele persistiu em seu sonho e
lançou, também no bairro, o jornal O LYNCE, periódico que
circulou na comunidade até 1913, quando sua redação foi
transferida para o centro de Juiz de Fora. O LYNCE tornou-se um
dos mais resistentes veículos de comunicação da cidade,
circulando como revista até meados dos anos setenta.
Não querendo que o bairro onde residiu desde os 4 anos, ficasse sem
o seu órgão de comunicação, Jesus criou ali um terceiro jornal:
O BEMFICA, em 1913, que circulou até o ano seguinte.
Jesus Rodrigues de Oliveira nasceu em 9 de janeiro de 1891, na
cidade mineira de Olaria – onde existe um museu com o seu nome.
Filho de Eloy Praxedes Braga e Ana Cândida da Cunha. Faleceu em
9 de outubro de 1967, aos 76 anos.
Em 1934, o advogado José Alves de Castro, criava um novo jornal
para Benfica: O PIONEIRO, periódico que defendia a transformação
do bairro em cidade. Sua circulação se deu até 1978.
Outras publicações surgiram nos anos seguintes, como: JORNAL DA
FÁBRICA DE JUIZ DE FORA
(1946), CÍRCULO OPERÁRIO DE BENFICA (1960), NOSSO BAIRRO
(1989), FOLHA DO PARAIBUNA (de 1989 a 1992), MANANCIAL (1983),
UNIDADE CRISTÃ (1991), A COMUNIDADE (1992), O PAPEL DA SAÚDE
(1995), EM TEMPO (1996), JFolha (2001), COMUNIDADE ATIVA (2003)
e INFORMATIVO NOVA ALIANÇA (2010), entre outras. Igrejas,
associações de moradores, escolas e mesmo clubes também tiveram
seus órgãos informativos, como o clube ABCR, com os jornais E
POR QUE NÃO e o JORNAL DA ABCR.
Atualmente, Benfica mantém a tradição de participação na mídia da
cidade com o funcionamento de uma rádio comunitária, três sites:
www.benficanet.com,
www.zonanortejf.com.br e
www.ciclosom.com.br; e dois periódicos mensais: O
CANDEEIRO (jornal católico com mais de dez anos de
circulação e, hoje, redigido pela jornalista Aline Junqueira) e
o ZONA NORTE (que começou em 1997, como JORNAL ZONA
NORTE, depois PLANETA, e é dirigido pela jornalista
Gircélia de Oliveira Ferreira).
A história da imprensa em Juiz de Fora deve dedicar um importante
capítulo à zona norte da cidade. Todos os jornais citados
anteriormente tiveram ou têm suas redações instaladas no bairro
Benfica. Mas, a região ao longo dos anos tem visto surgir
diversas publicações em diferentes bairros, como em Santa Cruz
(jornal LINHA DIRETA, em 1994, e o jornal FALA SPM, em 1999),
Barreira (jornal ZONA NORTE, em 1994), Monte Castelo (jornal
FOLHA DE MONTE CASTELO, em 1996), Ponte Preta (JORNAL DA PONTE
PRETA, em 1999), Jóquei Clube (JORNAL NORTE, em 2006), Araújo (ComUnidade),
Barbosa Lage (BOCA LIVRE, em 1994, JORNAL DA PRAÇA, em 1997, e
INFORMATIVO COMUNITÁRIO, em 2003), e mesmo no centro da cidade
mas com assuntos voltados para a região, como o BENFICA EM FOCO
(2001) e SEMANA ZONA NORTE (1993).
Hoje, a região vê circular o seu mais recente periódico: o jornal
LUIZ GAMA (criado em 2009 pelo professor Carlos Alberto Barra
Portes). Com redação no bairro Fábrica, o LUIZ GAMA conta com
uma tiragem mensal de 5 mil exemplares, e é distribuído em toda
a cidade, especialmente no bairro Benfica e comunidades
próximas. |
Nasceu no município mineiro de Lima Duarte, em 19 de maio de
1923. Mudou-se para Benfica em 1930, acompanhando seus pais,
Antenor e Luzia. Casou-se em 17 de dezembro de 1943, com Maria
da Glória Silva, e tiveram 2 filhos.
Bombeiro hidráulico muito requisitado em Benfica, José Sebastião, o
popular “Zé Pouca Roupa”, aprendeu e exerceu esta profissão na
antiga FEEA (hoje, Imbel), onde trabalhou mais de 30 anos, até
aposentar-se.
Evangélico há 15 anos, José Sebastião é um dos últimos operários
vivos que trabalhavam na FEEA quando ocorreu a explosão de 1944,
que vitimou inúmeros de seus funcionários. |