As histórias sobre a criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o
imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma
fábrica têxtil de Nova York em 25 de março de 1911, quando morreram 125
operárias. Sem dúvida, esse terrível o incidente marcou a trajetória das
lutas feministas, mas os acontecimentos que levaram à criação da data vieram
bem antes deste.
A idéia surgia no final do século 19 e início do século 20 nos Estados
Unidos e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições
de vida e trabalho, e pelo direito de voto.
As celebrações do Dia Internacional da Mulher ocorreram a partir de 1909 com
a primeira em 28 de fevereiro nos Estados Unidos, seguida de manifestações e
marchas em outros países europeus nos anos seguintes. Que uniam o movimento
socialista, em luta por igualdade de direitos econômicos, sociais e
trabalhistas, ao movimento sufragista, que lutava por igualdade de direitos
políticos.
Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das
Mulheres Socialistas em Copenhague, a líder socialista alemã Clara Zetkin
propôs uma celebração anual das lutas pelos direitos das mulheres
trabalhadoras.
No início de 1917, na Rússia, ocorreram manifestações de trabalhadoras
operárias da indústria têxtil, por melhores condições de vida e trabalho e
contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial.
Após 1945, nos países do chamado bloco comunista, a data continuou a ser um
feriado comemorado.
Desde a década de 1970, a data tem sido destacada na mídia internacional e
1975 foi designado pela ONU como o "Ano Internacional da Mulher" e o dia 8
de março foi adotado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas,
tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas
das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas,
culturais, econômicas ou políticas.
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