Bênção que todos nós buscamos, mesmo incompleta, a
alcançamos através de momentos felizes. François-Nicholas-Madeleine; o
Cardeal Morlot, nos diz: ‘Momentos
podem ser efêmeros, mas devemos contribuir para que as futuras gerações
encontrem um mundo em que a felicidade não seja palavra vã.’ Às vezes é
confundida com certos prazeres e ilusões. Quando pensamos só em nós, em
detrimento do coletivo, apenas vivenciamos alegrias imediatistas e não somos
realmente felizes. Mario Quintana escreveu: ‘Quantas
vezes a gente, em busca da ventura, Procede tal e qual o avozinho infeliz.
Em vão, por toda parte, os óculos procura, Tendo-os na ponta do nariz!’
Ela está em aspectos bem próximos de nós, e não alhures. O monge budista
Geshe Kelsang Gyatso afirma: ‘Nossos
problemas se originam na tendência profundamente enraizada de nos apreciar
mais que aos outros.’ Então devemos usar métodos simples, mas firmes e
positivos para erradicar este equívoco e substituí-lo pelo sincero desejo de
apreciar o lado bom e belo dos outros. Isso é uma das fontes da felicidade.
Alguns passos para a felicidade:
1- falar menos e ouvir mais.
2 - ignorar menos e incentivar mais.
3 – criticar menos e elogiar mais.
4 – julgar menos e ajudar mais.
5 – emburrar menos e sorrir mais.
6 - atritar menos e brincar mais.
Desdobrando estes aspectos, com certeza a vida será menos triste e mais
feliz. Evitemos maledicência, calúnia, fofoca, inveja, ódio, orgulho,
egoísmo e outros atrasos de vida, agregando e aceitando as pessoas como elas
são. Sejamos gentis e sinceros, orientando com sugestões edificantes.
Contemos histórias agradáveis e bonitas, espalhemos ideias positivas,
amparemos e renovemos a esperança. Façamos aquela catarse que distribui luz,
multiplica-se e reverte quadros infelizes.
Abracemos, cantemos, falemos, olhemos e unamo-nos mais, distribuindo por
onde passarmos e para quem encontrarmos, o amor; bálsamo divino da vida. Não
sejamos narcisistas e valorizemos também os outros. Georges Bernanos nos
diz: ‘Saber encontrar a alegria na
alegria dos outros, é o segredo da felicidade.’ Leon Tolstói orienta:
‘A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira.’ Arthur
Schopenhauer afirma: ‘A nossa
felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos
bolsos.’ Érico Veríssimo enfatiza:
‘Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando
inutilmente.’ Allan Kardec elucida:
‘A nossa felicidade será naturalmente
proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.’ E
Léon Denis conclui: ‘Se pretendes
auxiliar a alguém começa mostrando alegria.’ Apliquemos estas colocações
e a pergunta de Jesus; O Mestre dos mestres:
‘Que fazeis de especial?’ Observemos quais aspectos estamos praticando.
Somos úteis na busca da felicidade alheia? Desenvolvemos alguns dos valores
mencionados? Então fazemos algo especial. Mas se for o contrário, precisamos
repensar e reverter o quadro da nossa existência, tomando a decisão de irmos
com força, fé e foco, rumo à nossa felicidade, que relaciona-se ao que
fizermos para alegria dos outros.
O Bodisatva
tibetano Langri Tangpa diz que podemos transformar cada momento de nossa
vida em um passo para a alegria, e dificuldades em experiências
libertadoras. A mensagem ‘Alegria’, de Meimei/Chico Xavier, convida à
reflexão: ‘Alegria é o cântico das
horas com que Deus te afaga a passagem no mundo. Em toda parte, desabrocham
flores por sorrisos da natureza e o vento penteia a cabeleira do campo com
música de ninar. A água da fonte é carinho liquefeito no coração da terra e
o próprio grão de areia, inundado de sol, é mensagem de alegria a falar-te
do chão. Não permitas, assim, que a tua dificuldade se faça tristeza
entorpecente nos outros. Ainda que tudo pareça conspirar contra a felicidade
que esperas, ergue os olhos para a face risonha da vida que te rodeia e
alimenta alegria por onde passes. Abençoa e auxilia sempre, mesmo por entre
lágrimas. A rosa oferece perfume sobre a garra do espinho e a alvorada
aguarda, generosa, que a noite cesse para renovar-se diariamente, em festa
de amor e luz.’ Sejamos árvores de Deus, a florescer e frutificar
felicidade.
Conviver com nossos entes queridos:
familiares e amizades legais, ler bons livros e assistir belos filmes,
viajar, praticar esportes e/ou atividades artísticas, etc. Distribuindo
sorrisos, olhares, palavras, vibrações, atitudes, pensamentos e sentimentos
elevados, com certeza seremos e faremos os outros felizes. E para mim,
retornar à atividade como articulista deste bonito, diversificado, sério e
útil Site, é motivo de muita alegria.
O caminho da felicidade está nitidamente
delineado na questão 921 de O Livro dos Espíritos:
‘O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade.
Praticando a lei de Deus, de muitos males se livrará, proporcionando a si
mesmo uma felicidade tão grande quanto comporte a sua existência.’ Por
que deixar para amanhã o que já podemos realizar? O hoje é uma dádiva, por
isso se chama presente. O futuro é uma edificação que depende de nossas
atitudes.
A vida é composta de duas retas. Uma horizontal, no sentido de ampliarmos
nossa ajuda a todos, da melhor forma possível. Uma vertical que nos coloca
em relação direta com Deus. A segunda só funciona quando praticamos a
primeira. Reiteramos com o pensamento de Madre Teresa de Calcutá: ‘Ser
útil, respeitar, fazer o bem, unir, pacificar e amar, são caminhos que
conduzem à tão sonhada felicidade.’ Plantinha muito delicada e que
requer nosso esforço e dedicação, mas que não entra em portas fechadas.
Precisamos abrir as portas da mente e do coração para praticá-la e
vivenciá-la. É ação da nossa vontade, do interior para o exterior, podendo
renovar a vida e mudar o mundo.
Carpe Diem!
Abraços...
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