Todos
sabem que Belo Horizonte nutre uma folclórica idiossincrasia por Juiz de
Fora, decorrente do fato de que a Manchester Mineira nasceu 50 anos
antes, cantando "salve a Princesa de Minas, salve a bela Juiz de Fora,
que caminha na vanguarda, do progresso estrada afora". Também saiu de
lá, o toponímico adágio 'cariocas do brejo". As discriminações são
constantes e às vezes, de má fé.
Quando funcionários da EPAMIG de Belo Horizonte entraram na Justiça do
Trabalho reivindicando direitos, a EPAMIG deu como bens à penhora, o
Instituto Cândido Tostes em Juiz de Fora. Não fosse Itamar Franco o
governador de Minas Gerais, o imóvel seria leiloado.
Agora, uma situação semelhante: a EPAMIG promete realizações no ILCT e
não as cumpre. A solução: lideranças políticas e empresariais de Juiz de
Fora deveriam cerrar fileiras para que o Instituto Cândido Tostes seja
transferido pelo estado de MG, à Prefeitura de Juiz de Fora, a fim de
que a tradicional entidade possa continuar cumprindo seus objetivos.
Para o governo do estado será um alívio, porque a EPAMIG não tem meios
orçamentários para mante-lo em perfeito funcionamento. Transferido à
Prefeitura de Juiz de Fora, o Instituto Cândido Tostes será útil de
fato, ao município e à Zona da Mata.
Caso contrário, num futuro não muito distante, será mais um casarão
abandonado e a prova de desinteresse da Prefeitura em solucionar a
questão.
M.R. Gomide - jornalista