Aconteceu nos dias 05 e 12 de abril de 2008, na Igreja Metodista em Benfica, a OFICINA DE GRAFITE, onde os jovens que se inscreveram puderam aprender um pouco mais sobre esta arte. O pastor Cláudio nos falou sobre esse trabalho, que tem como objetivo a integração do jovem na sociedade, através da arte, cultura, música, dança e esporte.
O espaço onde tudo se realizou foi nomeado em dezembro de 2007 como “PRAÇA DOS PIONEIROS”, em homenagem aos homens e mulheres, que deram suas vidas para que a igreja chegasse até aqui.
Conversamos com o instrutor de grafite, Gê, que assina SCENE II. Confira!
B.N.: Qual o impacto que o grafite causa na sociedade?
G.S.: Depende muito de cada pessoa, mas acredito que o impacto é mais positivo do que negativo. E apesar de algumas pessoas discriminarem, muitos estão vendo o grafite com outros olhos e aceitando melhor essa arte.
B.N.: Quais as dificuldades encontradas para quem realiza esse trabalho?
G.S.: A financeira. Agora que começou a aparecer algum apoio, como o da Gangsta, pois no geral é muito difícil. Existe também a dificuldade em conseguir o espaço para realização do trabalho, mas a dificuldade principal é mesmo a financeira. Ainda assim, no final a recompensa é maior.
B.N.: Onde é realizado com maior freqüência?
G.S.: Não tem lugar certo… é na rua, nos centros, nos bairros, em local fechado, trens, casa abandonada… No Brasil o grafite tem mais costume de acontecer nos centros, mas eu particularmente tenho curtido pintar em bairros, e quanto mais carente o local, mais nós somos bem recebidos.
B.N.: Qual a faixa etária que mais procura aprender o grafite?
G.S.: Pré-adolescentes, jovens, de 12 aos 25 anos, que procuram pintar porque gostam, pelo prazer. Tem alguns que tentam fazer do graffiti uma fonte de renda, mas isso não funciona, gera dinheiro sim, mas não é esse o objetivo, a maioria mesmo tem o graffiti como lazer, porque ama pintar.
B.N.: O que mais te agrada nesse tipo de trabalho?
G.S.: A satisfação de estar pintando, é como uma terapia, a única coisa que atrai a minha atenção em cem por cento. O prazer de terminar o desenho e no outro dia passar e ver ali meu trabalho, meu nome, por mais que dure pouco.