Neste
espaço, desejamos apresentar alguns fragmentos da memória local. Ele
será dividido em: PESQUISA, PERSONAGEM, ONTEM/HOJE e NOSSAS
RUAS.
Para sugestões de temas em futuras atualizações, entre em contato
com o site que teremos prazer em pesquisar.
Vanderlei Tomaz Ex-vereador (autor da Lei Murilo
Mendes de Incentivo à Cultura)
Situado na Região Urbana de Benfica, Ponte Preta é limitada
pelo Rio Paraibuna (após o Distrito Industrial), Av. JK, BR 040
e a estrada de ferro. Sua distância do centro de Juiz de Fora é
de, aproximadamente, 16 quilômetros.
Ponte Preta é o nome como ficou conhecida a ponte de ferro
que sustenta a ferrovia que margeia o bairro. Com o passar do
tempo, o nome “ponte preta” veio a substituir o nome anterior da
comunidade: “Ponte dos Pires”.
Ponte dos Pires era um sítio que fazia parte da Fazenda
Benfica. Pertencia ao Coronel Antônio José Sobreira, casado com
Júlia Tostes Sobreira. O Coronel Sobreira nasceu em 1859 e foi
assassinado na estação ferroviária de Benfica em 1919.
Sobreira tinha um empregado muito dedicado que se chamava
Gabriel Matias Barbosa (nasceu em 18 de março de 1864 e faleceu
em 24 de junho de 1949). Também conhecido como Gabriel Sobreira,
era casado com Maria Catarina Barbosa (nasceu em 9 de julho de
1874 e faleceu em 30 de agosto de 1973).
Catarina era parteira muito conhecida na região, e consta ter
realizado mais de 3.500 partos.
Os herdeiros do Coronel Sobreira, especialmente a viúva, Júlia,
doaram ao Gabriel parte das terras da Ponte dos Pires, onde este
já residia com sua numerosa família.
Com o passar do tempo, os loteamentos foram sendo formados. O lugar
recebeu infra-estrutura, como pavimentação das ruas, rede de
captação das águas pluviais, redes de fornecimento de água e
coleta de esgoto, redes de energia elétrica e telefonia, escola
municipal, templos religiosos, a Prefeitura construiu uma ponte
ligando a Av. Marginal com o Distrito Industrial, e o comércio
se expandiu.
PERSONAGEM
IGNÁCIO HALFELD
Nasceu em Palmira, atual cidade de Santos Dumont, MG, em 26
de maio de 1912. Filho de José Araújo e Júlia Halfeld.
De infância humilde, aos 11 anos de idade,
trabalhou como ajudante de cocheiro no Rio de Janeiro. Em 1933,
habilitou-se como motorista. Transferiu-se para Juiz de Fora em
1935, quando da prestação do serviço militar, tendo servido no
antigo 4º Grupo de Artilharia de Dorso, atual 4º GAC.
Concluído o serviço militar, trabalhou como motorista
na antiga Fábrica de Estojos e Espolhetas de Artilharia do
Exército – FEEA/FJF (atual Imbel JF), em Benfica, onde residiu
até sua morte em 17 de setembro de 1984.
Além de trabalhar na FEEA/FJF, Ignácio também era
comerciante, tendo sido proprietário do antigo Bar Santo
Antônio, situado na esquina da Rua Martins Barbosa com Avenida
JK (onde hoje se encontra o Banco Real).
Casou com Carmem Garcia Halfeld, em 08 de dezembro de 1938.
Carmem era filha de João Carlos Garcia e neta do Coronel
Jeremias Garcia, vereador na primeira década do século passado.
Lançado na política por intermédio de
José Oceano Soares, presidente do Partido Trabalhista Nacional –
PTN, foi candidato a vereador em 1954 pela primeira vez, sendo
eleito com 594 votos.
Reeleito em 1958, pelo PTN, com 1458 votos. Em 1962, pelo
Partido Democrata Cristão – PDC, alcançou 1977 votos, sendo o
vereador mais votado da cidade. Em 1966, candidato pela Aliança
Renovadora Nacional – ARENA, foi reeleito com 1916 votos. Na
eleição seguinte – 1970, de novo pela ARENA, nova vitória com
1826 votos. Em 1972, pela ARENA, outra vitória, com 2581 votos.
Ainda na ARENA, foi reeleito em 1976, com 2969 votos. Sua última
vitória aconteceu em 1982, pelo Partido Democrático Social –
PDS, com 1815 votos.
Ignácio Halfeld nunca perdeu uma eleição. Foram quase 30 anos
de exercício do mandato de vereador. Na Câmara Municipal de Juiz
de Fora, além de presença permanente nas principais comissões
técnicas da Casa, Ignácio exerceu cargos na Mesa Diretora,
chegando à Presidência do Legislativo em 1968, ano em que era
prefeito o ex-Presidente Itamar Franco.
Com uma atuação de marcante preocupação com as
pessoas mais humildes, Ignácio destacou-se por seu constante
discurso e ações em defesa da comunidade que o elegeu. Durante
mais de 40 anos, sempre no mês de junho, nas comemorações do dia
de seu padroeiro, Santo Antônio, ao lado de Dona Carmem, Ignácio
distribuía agasalhos e cobertores em sua residência para
moradores pobres da região.
Av. JK, esquina com o início
da Rua Martins Barbosa.
Na primeira
foto, uma imagem de 1912. Na foto seguinte, imagem atualizada
revela grande transformação ocorrida em quase 100 anos.
NOSSAS RUAS
Esta coluna é uma oportunidade
para você conhecer quem é a pessoa que dá nome à sua rua. Envie
para o site sugestões de pesquisa sobre outros nomes que
procuraremos informar nas próximas atualizações.
RUA SEBASTIÃO GARCIA
(antigo prolongamento da Rua Marília e Rua D) – Lei Nº 9001,
de 30/12/1996, de autoria do Vereador Vanderlei Tomaz Filho
do Coronel Jeremias Garcia e Inês Pereira Garcia, Sebastião
Garcia – conhecido como Tatão Jeremias e também Tatão Garcia
– nasceu em 19 de abril de 1902, e faleceu em 03 de agosto
de 1983. Pessoa simples, de forte personalidade, era muito
conhecido pelo carisma e generosidade. Sebastião era casado
com Cecília, e tiveram três filhos. Atuou como Fiscal de
Obras da Prefeitura de Juiz de Fora e como Comissário de
Menores.
RUA MARIA CATARINA BARBOSA
(antiga Rua B) – Decreto Nº 1592, de 05/02/1975, de autoria do
Prefeito Saulo Pinto Moreira
Maria Catarina Barbosa nasceu em 09 de julho de 1874, e
faleceu em 30 de agosto de 1973. Casada com Gabriel Matias
Barbosa, também conhecido como Gabriel Sobreira. A família
era proprietária da maior parte dos terrenos que deram
origem ao Bairro Ponte Preta. Catarina era parteira muito
requisitada pela comunidade, e consta ter realizado 3601
partos sem nenhum óbito.
RUA DOS GUARARAPES
(antiga Rua B) – Decreto Nº 129, de 28/11/1944, de autoria do
Prefeito José Celso Valadares Pinto Uma
das grandes lutas travadas entre holandeses e
luso-brasileiros, no monte que tem esse nome, a Batalha dos
Guararapes aconteceu em Recife, PE, a partir de 1648. As
tropas de resistência aos invasores foram comandadas por
Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Felipe Camarão, Fernando
Vieira e Francisco de Figueiredo. O resultado foi a total
rendição dos holandeses ocorrida em 1654.