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Entrevistada:  Elenize Seguro       -      novembro de 2012

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O Benficanet teve o prazer de conversar com Elenize Seguro, bailarina, diretora, professora e coreógrafa do Grupo de Dança Over Jazz, que completou 25 anos de bela trajetória, mantendo uma concepção ampla de dança-educação, através de técnicas da dança jazz, dança moderna e ballet clássico, sempre com com muito estudo, dedicação, experimentação e ousadia, resultando na formação de um grupo que busca aprimoramento artístico e crescimento profissional.

Elenize, filha de João Martins Seguro e Maria Rita da Silva Seguro, nascida em Juiz de Fora, hoje aos 44 anos, mãe de duas filhas, Maria Rita e Rafaela (3 e 18 anos), casada há sete anos com Júlio Cesar de Freitas, chegando bem longe, à base de seu trabalho, dedicação e amor, nos afirma que nunca pensou em desistir. "Nos momentos mais difíceis, sempre pensava que eu não poderia estar fazendo outra coisa que não fosse dançar. Sou bem persistente e sempre espero o pior passar e continuar o sonho".

Elenize nos diz não ter um nome como referência, quando perguntamos o que mais alimenta o grupo Over Jazz e quais tem sido as grandes fontes para seu trabalho, ela nos conta que estão sempre buscando aprender com bons profissionais da área, seja como bailarinas, ou como professoras de dança. "Conhecemos vários profissionais nos quais tentamos nos espelhar e crescer. Buscamos a dança-educação, acho que a dança por si só é muito voltada à técnica e valorização dos melhores, mas hoje, a dança está muito voltada a estar além da técnica, podemos através da disciplina, do emocional, da socialização, do incentivo ao crescimento em grupo aliar outros conhecimentos e contribuir para a formação de bons profissionais e bons seres humanos".

Comentamos sobre uma citação da grande bailarina Márcia Haydée, em uma entrevista: "Minha maior característica é a fé. O bailarino desconsidera a dor, uma questão que se resume no poder da mente, da fé e na força de vontade. O que você quer você faz. A mente não é frágil, e o corpo só é quando o indivíduo permite", partindo disso perguntamos à Elenize, o que ela tem feito para que o grupo trabalhe duro, mantenha o equilíbrio e não desanime? Elenize concorda que a citação é uma realidade. "O bailarino vive de superar os próprios limites, a dor, o cansaço, às vezes desânimo também, na verdade existem momentos de desânimo e aqui no Brasil, principalmente, trabalhar com cultura é muito difícil, mas é a fé que nos mantem superando. E a realização, quando a gente vê pronto, aquilo que se programou ou idealizou, ensaiou meses, ou o ano inteiro, talvez não fique como você sonhou, mas fique parecido com o que se esperou, isso que é a fé e faz com que você continue, esquecendo o lado ruim".

Elenize sendo homenageada ao final do grande espetáculo de comemoração dos 25 anos do Grupo Over Jazz.
  
  
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