Teresa de Calcutá, Gandhi, Buda, Chico Xavier, Einstein e muitos
outros são exemplos de vida para nós, por seus feitos e
dedicação ao bem, por vencerem dificuldades pessoais e do meio,
exemplificando amor e luz.
Também há um vizinho, conhecido, amigo ou parente, até alguém
anônimo que superou e venceu dificuldades.
Refletindo nisso, nós indagamos: Estamos em que patamar
da escala evolutiva?
Como anda nosso projeto de renovação dos valores? Incorporamos à
nossa existência a necessária transformação moral? Qual a nossa
postura diante das situações cotidianas?
Quando
parados demais, dizemos: “Graças a Deus eu sou calmíssimo,
paciente e tolerante”. Somos mesmo? Quando briguentos e
explosivos, dizemos: “Eu sou assim mesmo e não mudo. Deus me
fez desse jeito”. Mas Deus não cria plastas ambulantes nem
fabrica dinamites e bombas nucleares humanas.
Deus cria
seres destinados ao progresso,
oferecendo chances de substituirmos velhos
hábitos e comportamentos retrógrados por novas posturas;
eliminarmos egoísmo, orgulho e outros atrasos de vida e
incorporarmos consciência e prática de amor e caridade.
Muitas vezes, nos obstáculos, dificuldades e divergências,
fugimos da
situação, nos desanimamos, ou queremos impor idéias
pela força ou pretensão de superioridade. Mas ninguém é superior
nem tem direito de dominar outros. Fugindo
da resolução certa,
não participamos do rendimento da vida. Nas tribulações
(doenças, dívidas, perseguições, etc.), nos desesperamos,
esquecemos que dor pode ser sublimação e não confiamos no
comando seguro de Deus. São alguns aspectos impedindo a
vitória sobre nós e
sobre a influência do meio negativo.
O que é uma dificuldade, um obstáculo, um problema? Costumamos
ver só como algo ruim atravessando nosso caminho. Mas pode ser
também a oportunidade de demonstrarmos ânimo, equilíbrio e fé.
Desafios, crises e lutas
diárias são lições que devemos analisar e aproveitar.
“Há uma passagem muito interessante que ocorreu com Chico
Bento. Ele voltava da Escola e ao
ver as goiabeiras do Nhô Lau carregadas de goiabas madurinhas,
ficou de água na boca. (A fruta do
vizinho sempre nos parece mais doce...)
Mas, Nhô Lau, colocou ali um obstáculo: dois cães enormes,
bravos e famintos para protegerem seu pomar. Apesar das
peraltices naturais da idade, Chico Bento é um menino de boa
índole e bom coração, um cristão 1000% do bem e adora animais.
(Por isso sou fã
dele).
Vendo os cachorros rosnando e uivando, percebeu imediatamente
que o problema deles não era ferocidade, mas principalmente de
fome. Pegou alguns pedaços de pão com queijo que sobraram da
merenda e deu aos bichinhos, que devoraram em segundos. Os cães
sentindo-se diante de um
amigo
brincaram, lamberam, rolaram com Chico pela estrada e ele
esqueceu das goiabas.”
Sempre que alguém está pensando algo
incorreto e muda o campo mental, canalizando-o para ações em
favor da vida, há
renovação
positiva e vitória do bem.
Toda ação benéfica e útil neutraliza as investidas do mal e seus
derivados.
Nos
perigos, adversidades, ofensas e tentações muitos dizem: “Ah, eu
não resisto! Isso é mais forte que eu! A carne é fraca!” E aí
cedem às tentações, desesperam-se diante dos problemas, revidam
a ofensa, dizendo: “Ah, isso não tá em mim! Eu falo e faço o que penso! Quando eu
vejo, já saiu!” Temos aí outra colocação sem sentido, pois “tá”
é em mim, sim. A atitude foi por minha própria vontade, já que a
carne não raciocina e não há arrastamento irresistível que nossa
decisão não possa vencer. Reação impulsiva só piora tudo, mas só
aparentar mansidão também não funciona. Fazer cara de espírito
super evoluído, mas a mente xingando até a 5ª geração passada,
não é ideal. O mal não merece ser comentado ou escutado, mas um
dia eu não consegui não ouvir uma “conversa” na fila de um
Banco. Alguém falou coisas terríveis sobre outra pessoa e no
final disse fervoroso: “Mas eu tenho fé na Justiça de Deus.
Aquele salafrário me paga! Deus vai cobrar com juros e correção
monetária, vai tirar a casa e o carro dele e quebrar as pernas
dele”. E o outro sentenciou: “É melhor matá-lo de uma vez e ele
ir pro inferno e te deixar em paz.” Quantos equívocos nessa
maledicência! 1º - Deus não é cobrador, nem lida com operações
financeiras, 2º - Ele é Pai de Amor, quer o bem de seus filhos e
nunca atende pedidos do mal, 3º - Realmente não há morte e
inferno, e sim planos espirituais e estados emocionais bons ou
ruins que nós criamos. Somos
eternos e destinados ao progresso e à vitória da luz.
A literatura nos apresenta um grande exemplo através da obra de
Homero; autor de “Ilíada” e “Odisséia”. Um dos heróis
enfrenta
obstáculos, ciladas, perseguições, tentações, mas vence. Por
quê? Por ter compromisso com o objetivo de retornar à sua casa,
sua esposa, seu filho e seu povo. Por fidelidade aos seus
princípios luta contra o mal por saber que pode ser forte e
vencer. Ele não era cristão, mas já agia assim. E nós, que
conhecemos o Evangelho, repleto de elucidações para nossa
RENOVAÇÃO?
Podemos fazer muito mais e obtermos vitórias sempre, se nos
dispusermos a ser o
sal da terra
e a luz do
mundo,
como nos ensina
JESUS...
Buscamos
algumas frases para nossa meditação.
Gandhi:
“Nas
grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o
desejo de vencer.”
Leonid
M. Leonov: "Nenhuma grande vitória é possível sem que
tenha sido precedida de pequenas vitórias sobre nós mesmos.”
Platão: "A primeira e melhor
vitória é conquistar a si mesmo.”
E
concluímos com as seguintes palavras:
A Terra é a grande Faculdade da
existência. A família, os amigos, a religião de cada um, o local
de trabalho e o lazer são salas de aula. Estamos aqui na
condição de professores e alunos. Gestos de educação e
gentileza, ações que neutralizam ou minimizam atritos e
discórdias, cada orientação, ânimo, pensamento, sentimento e
atitude de amor ao semelhante e a postura de confiança em Deus e
aplicação de seus princípios, são as “PEQUENAS” renovações no
dia-a-dia, que nos levam a uma grandiosa e concreta
“VITÓRIA DO BEM”. |