OS CIGANOS E A FORJA

3/11/2008
Revisto em 5/10/2009

por Asséde Paiva
postado no Benficanet em 17/03/2017

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Os poemas, pensamentos, axiomas, trovas outras coisas que se seguem, bem como textos, frases feitas são de autores de nomeada e seus nomes são anotados após cada documento. Ficaremos gratos àqueles que nos informarem mais dados sobre os criadores de tão belas palavras sobre o povo cigano. As frases (A. Paiva) são do organizador deste trabalho.

Na verdade, foi na Índia que os ciganos aprenderam a trabalhar metais.

(Mircea Eliade, apud Clébert) 

Os primeiros sinais de uso do ferro vêm do Antigo Egito e Suméria, quando, por volta de 4000

a. C, pequenos objetos, como pontas de lanças ou ornamentos eram feitas deste material. No entanto, o ferro ainda era um material raro, seguramente procedente de meteoritos. 

Who are you and whence do you come?

Why have you forgotten yourself? Oh, my darling!

These lice-ridden gorgios gave you dirty and false names as Lubni and Mugni, Xorasani and Osmani,

But you are Mother India’s forgotten child Ramni, now called Romni.

In fact you are the flowing Ganges water mixed with the waters of the river Nile, Euphrates and Danub.

 

INTRODUÇÃO

Seriam os ciganos divulgadores da metalurgia do ferro?

 

N

ós pensamos que eles têm muito a ver com esta matéria, ainda que seja envolvida de lendas, uma delas é que forjaram os cravos[1] da crucificação de Jesus. Os egípcios diziam ser metal vindo do céu. Mas antes de falarmos nesses nômades vamos dar um passeio na história do ferro, Principalmente na proto-história, através de excelente resumo feito por um amigo Gerardo C. Giffoni. Ele nos diz às p. 12/13 de A divertida história dos metais:

HematitaEis o mais popular dos metais, porque é o mais usado pelo homem. Seu minério existe em abundância. Tal popularidade e utilização lhe valeu o nome de ‘gusa’ ou ‘pig-iron’, que é o produto da fusão do minério, hematita, com calcário, carvão mineral e dolomita, em altos-fornos, nas siderúrgicas. Após este processo, o alto teor de carbono do gusa é reduzido no fornos convertedores, produzindo-se o aço, então presente em quase tudo que o homem consome.

Seu conhecimento pelo homem se perde nos tempos. Sabe-se que já era usado desde a mais remota antiguidade, conforme atestam os inúmeros objetos encontrados em cavernas pré-históricas.

A prática da utilização desse metal remonta a épocas anteriores ao Dilúvio, não se sabendo exatamente quando foi pela primeira vez extraído do seu minério (Fe2O3). Não obstante correr livremente a tese de ter existido primeiro a idade do Bronze e depois a do Ferro, há autores que negam essa precedência. Esses afirmam que, se os achados de objetos de ferro são mais recentes do que os de bronze, isto é devido à circunstância de que aos poucos, o ferro se oxida completamente até virar pó; ao passo que o bronze oferece uma resistência bem maior ao ar e à água.  Achados de objetos de ferro nas ruínas de Nínive e nas pirâmides do Egito, fazem-nos admitir que o conhecimento do ferro pelo homem, remonta a mais de 7000 anos a.C.

As Sagradas Escrituras o menciona muitas vezes e o Deuteronômio diz que o rei Og, de Basan[2], vencido e morto pelos israelitas, foi o primeiro homem que dormiu numa cama de ferro, por ele mesmo idealizada.

Sabe-se, ainda, que os filisteus, para enfraquecer os hebreus, privaram estes dos seus ferreiros. Há 500 anos a.C., os exércitos persas de Xerxes já usavam armas de ferro e de bronze, registrando-se que a batalha de Tróia foi uma das liças onde tropas combatentes usaram armaduras de ferro.

Segundo o relato bíblico, Golias era um homem com estatura de 3 metros, e sua armadura pesava cerca de 55 quilos. A ponta de ferro da sua lança pesava outros 7 quilos.

É ponto pacífico que os condenados à crucifixão pelos romanos eram pregados na cruz com pregos forjados em ferro. Há em Jerusalém um museu com um calcanhar atravessado por um cravo.

Os celtas fizeram uso generalizado do ferro, principalmente na confecção de armas. Os gregos eram exímios ferreiros e conheciam a fundição, a têmpera e a damasquinagem do ferro.

Em Delhi, na Índia, foi erigida uma coluna, que tudo indica ser de lingotes de ferro soldados, com sete metros de altura e quarenta centímetros de diâmetro, no ano 912 a.C. As famosas cimitarras sarracenas são testemunhas do trato que àquela época, já dispensavam ao ferro.

Há autores que dividem a história da humanidade, em relação ao ferro, em quatro períodos, a saber: o primeiro período é aquele em que o homem pré-histórico construía rudimentarmente armas e utensílios de ferro, tal como este se achava na natureza, isto é, em estado meteorítico. O segundo período é o do ferro fundido, quando o homem já tirava o ferro do seu minério, permitindo, assim grande variedade de peças fabricadas. O terceiro e quarto períodos são atribuídos ao desenvolvimento da tecnologia (da siderurgia, propriamente dita).

Então, os ciganos que estiveram em todos os tempos em todos os lugares, como se verá a seguir, pesquisadores excelentes, ciganólogos de escol, atribuem aos ciganos não a invenção do ferro (ele existe na natureza), mas sua divulgação/aplicação pelo orbe.

Ouçamos grandes historiadores/pesquisadores:

I) –– JEAN-PAUL CLÉBERT, THE GYPSIES, p.7 E 13

P. 7, da metade para baixo e parte de cima da p. 8 do livro The Gypsies:

‘Metade do nosso povo então emigrou em direção a Índia da qual eles trouxeram nossa língua bem como a indústria do ouro e do ferro, com outras ciências. É, contudo, necessário notar que na nossa partida uma discórdia aconteceu entre algumas tribos da caravana e nova divisão aconteceu. Enquanto algumas tomaram a rota da Índia, outras foram em direção oposta que as levou a um país chamado Chal (Egito). Outro grupo continuou residindo na Caldéia, onde se aliaram ao povo Assírio. Houve dois reis nossos: Pudilo e seu irmão Romano Nirano, que assumiu a liderança do novo Estado. Construímos imensa cidade denominada Babila (Babilônia) que se tornou nossa capital... E coisas assim continuaram até quando Cirusho (Ciro), soberano do povo persa, nos fez guerra.

‘Nós deixamos a Caldéia: uma parte de nosso povo foi em direção Leste e outra em direção ao oeste... Uma parte de nosso povo assentou-se em Pelasgii (antiga Grécia) e ilhas dos arredores. Outros nossos irmãos receberam autorização para cruzar o país dos persas e eles procuraram a Índia, onde reencontraram outra vez nosso povo que havia deixado a Caldéia centenas de anos antes...’

O registro continua. Os ciganos foram bem recebidos pelos pelasgianos novamente por causa do seu conhecimento em metais. Com os pelasgianos supõe-se que tenham trabalhado fundando Marselha e caminhado para o Reno. (No momento isto não interessa). Pode ser adicionado que a mesma tradição afirma que eles construíram as pirâmides, para o que eles participaram como trabalhadores braçais na sua construção.

P. 13

Na coleção de idéias a que nos referimos a cerca da origem dos ciganos, vamos por um momento deixar o campo da geografia humana para o da técnica. Aqui o assunto é pequeno, nos diz que ciganos podem ter sido primeiramente vistos na Caldéia, Egito ou Núbia. A maioria das lendas designa os ciganos como ferreiros em várias técnicas, com trabalhadores do aço, do bronze, ouro e metais preciosos. Nós temos visto que narrações tradicionais mencionam Tubal-Cain com ancestral bíblico de ‘todos trabalhadores em cobre e de ferro’ e várias estórias concernentes à crucificação, primeiro referem à confecção de pregos e que os Sinti (ciganos) que vieram para Caldéia, vindos da Índia, eram técnicos com o cinzel. Que os ciganos que se dizem emigrados em direção oposta trouxeram do interior do mundo ‘Pelasgian’ (pelásgico[3]) que é antiga Grécia, o trabalho em ferro, bronze e ouro[4]... Aqui introduziremos outra afirmação mítica emprestada de Homer: Hephaistos (Vulcan) foi um dia lançado pra baixo (Terra) por seu pai Zeus que estava zangado com ele. ‘Durante um dia inteiro, disse Vulcano, Eu rodopiei nos ventos e, quando o sol baixou, estava abatido na ilha de Lemnos: Lá o Sinti levantou-me...’ sem forçar a conexão entre Tubal-Cain e Vulcano  as palavras parecem ter a mesma etimologia  veremos que um dos principais grupos de ciganos europeus são Kalderash, que são ferreiros (que trabalham em vários metais).

Isto nos guia a juntar a matéria de origem dos ciganos e seu aparecimento na Europa e a forja (cujo termo aqui inclui ‘ferraria’ e ‘smith’s hearth’). Após seu descobrimento, a arte de metalurgia foi assimilada como ocupação do demônio, ocupações daqueles ‘possuídos por demônios’. O homem capaz de fazer fagulhas e clarões de fogo, soprar foles e dar pancadas na bigorna, parece em primeiro lugar dotado de poderes mágicos, e posto em regiões nas quais seu trabalho conjura regiões infernais. O número de lendas relativas a este assunto impressiona. E se somos ainda ignorantes de como a arte de forjaria apareceu na Europa, nós, no mínimo sabemos como foi praticada na antiga Ásia, particularmente na Índia. A maior parte foi reservada aos indivíduos vivendo às margens da sociedade, nômades e párias, ambos eram temidos e desprezados. ‘Na Índia e em todos os lugares, uma mitologia os liga aos trabalhadores de ferro e de várias categorias de gigantes e demônios. Eles são inimigos dos deuses’...

II) –– Um autor famoso Grellmann[5] escreveu um livro Dissertation on the Gypsies, onde à p. 28 fala da profissão dos ciganos, ressaltando:

(Metais) preto e branco são o comércio mais usual dos ciganos ferreiros. Na Espanha poucos têm negócios regulares, mas entre esses alguns são ferreiros, ao contrário da Hungria onde esse comércio é muito comum entre eles. Há um provérbio que diz: Muitos ciganos, muitos ferreiros. O mesmo pode ser dizer na Transilvânia, Valáquia, Moldávia, Turquia e Europa. Os ciganos trabalhadores do ferro são muito numerosos em todos países. Esta ocupação parece ter sido a favorita entre eles desde os mais distantes períodos.

III) –– Outro livro, do sábio George Borrow (que falava mais de 100 idiomas) Lavengro (o mestre das palavras, feito em 1851), nos dá interessante diálogo entre um cigano e um górgio (não-cigano):

–– Então você é chamado Rei dos ciganos?

–– Sim, sim, Romani Kral

–– Há outros reis?

–– Alguns se intitulam, mas o verdadeiro Faraó é Petulengro (ferreiro).

–– O Faraó faz ferraduras?

–– Foi o primeiro que fez, irmão.

–– Faraó mora no Egito?

–– Sim, uma vez, irmão.

–– Então o deixou?

–– Meus pais deixaram, irmão.

IV –– In Angus Fraser, História do povo cigano, pinçamos à p. 58:

Alexandre, conde Palatino do Reno, descreveu um Monte, perto de Modon, chamado monte Gype que em 1495 tinha cerca de 200 tendas habitadas por ciganos: “alguns chamam este monte e seus pertences Pequeno Egito” O relato é de Arnold von Harff, de Colônia, redigido em 1497, é o mais completo:

Item, fomos até aos arredores, onde moram muitos pobres negros nus em casinhas com telhado de canas, umas trezentas famílias; são chamados Ciganos [Suyginer]; nós chamamos-lhe heréus do Egito quando viajam por estas terras. Essa gente dedica-se a todo tipo de ofícios, tais como fazer, remendar sapatos e também ao de ferreiro, que era muito estranho de se ver, pois, a bigorna estava assente no chão e o homem sentado a ela como alfaiates neste país. Junto dele, também no chão sentava-se a mulher, ficando o fogo entre eles. Junto a ambos havia dois pequenos sacos de couro, como gaitas de fole, meio enterrados no chão junto à fogueira. Enquanto fiava, a mulher levantava de vez em quando um dos sacos do chão e carregava nele para baixo. Isto obrigava o ar a penetrar no fogo pela terra para o homem poder trabalhar. Item, esta gente vem de uma terra camada Gyppe, que fica a cerca de quarenta milhas da cidade de Modon. Este distrito foi tomado pelo Imperador turco nos últimos sessenta anos, mas alguns senhores e condes na quiseram servir às ordens do Imperador turco e fugiram para nosso país, para Roma, para o nosso Santo Padre, o Papa, para que lhes desse consolo e auxílio...

V –– Não resistimos ao desejo de traduzir pequeno parágrafo de Gypsy Demons & Divinities, de Elwood B. Trigg, p.212:

 Por muitos anos se fez estardalhaço e especulação à cerca de quando, pela primeira vez, os ciganos fizeram contato com a cristandade. Faz sentido acreditar que os ciganos podem ter vivido no Oriente Próximo[6] por bem mais de 200 anos. Se assim é, isto sugeriria que os ciganos puderam entrar em contato com a igreja nascente. Especulando um pouco mais, sugere-se que os ciganos desde os tempos de Cristo tendiam monopolizar a caldeiraria no Oriente Próximo e é possível que o caldeireiro, em Troas[7], do qual falou São Paulo tão mal era nada mais nada menos que um cigano[8].

VI –– Richard Francis Burton (1821-1890). Erudito, cientista, soldado, agente secreto, explorador aventureiro, tradutor, escritor; que falava 29 línguas e inúmeros dialetos, escreveu em seu livro The Jew the Gypsy and El Islam, à p. 186 o seguinte:

Thus we see the origin of the Telchini, the Chalybes (grifamos), and other “Cabiric peoples.”  The latter has the disadvantage of being purely Semitic [….]  that these races, like the modern Romá, were makers of weapons, especially the assegai or javelin; whilst the Cabiri and the Telchini were renowned for music and soothsaying…

Seja: Chalibes = Ciganos.

Notas minhas: 

  1. Seriam então ciganos os denominados chalibes[9] que nos ensinaram a arte metalúrgica? Guimarães Rosa, no livro Tutaméia, no conto O outro e o outro, p.105, fala do cigano Prebixim assim: “Tampouco forjicava chaleiras e tachos, qual o cigano Rulu, que em canto abrigado martelava no metalurgir”.
  2. Em Portugal, dedicavam-se a trabalhar o ferro e o cobre. (In ciganos de Manuel Costa).
  3. E nunca é demais lembrar que muitos engenhos de cana de açúcar, nos velhos tempos coloniais, no Brasil, funcionavam graças aos espertos ciganos em consertar tachos e alambiques.
  4. O grande A. da Silva Mello, médico, escritor, pesquisador, membro da ABL, escreveu em seu livro A superioridade homem tropical (Civilização Brasileira, 1965) à página 147, falando dos ciganos: Já em tempos pré-históricos, eles se ocuparam da fabricação e venda de objetos de bronze pela Europa, sendo a sua tendência maior, até hoje, para esse mesmo comércio, pois apresentam-se como consertadores de panelas e outros objetos de metal, sobretudo doméstico, culinário.

 

  • Egito para os ciganos é CHAL. Logo é possível que chalibes venha de Chal; porque também Chal era chamado o local onde os ciganos moravam na da periferia dos povoados onde hoje está a Armênia. Não nos é difícil imaginar os autóctones conversando: Onde compraste esta lança? Comprei-a dos chalibes. Ah! Aquele povo da periferia que diz ter vindo do Chal!
  • A bem da verdade e coerente com nossa idéia, os ciganos chamam a si próprios de romanichal (povo do Egito);
  • A nota de rodapé (9) confirma nossa assertiva, pois é possível que os ciganos tenham participado ativamente na divulgação do uso do ferro, porque já conheciam o uso do cobre e bronze e estiveram em todos os lugares e em todos os tempos;
  • Completando informação no início do trabalho, em nossa opinião, os ciganos levaram para Índia o conhecimento do ferro e de lá o trouxeram também, como disse Mircea Eliade (caput do texto).

O trecho em sequência é abstract do livro Os ciganos da estrela, de William Lindsay Gresham, edições GRD, p.28, 1989:

─ Ali está o lar dos ciganos, Fedar. Há eras atrás, mais anos do que partículas de poeira há nas estradas, viemos do céu em vardos (carroças) de ferro. E aqui encontramos os górgios, (não ciganos) que não conheciam o ferro, nem o fogo, nem a roda, nem coisa alguma de utilidade. Tinham dedos como os nossos e aprenderam lentamente, sempre fazendo coisas novas e maravilhosas. Foi quando construíram o mundo. E os ciganos tornaram-se latoeiros.

Na Revista de Obras Públicas, Madri, 1853, lemos, à p. 461:

 

Os métodos indianos de trabalhar o ferro e o aço parecem ter sido introduzidos na Europa, na Idade Média pelas tribos boêmias[10], originárias, ao que parece da Índia. Outra terra clássica da siderurgia é a Armênia, o país dos Chalibes (grifamos), de onde os reis da Assíria apanhavam o ferro a título de tributo. Os Chalibes eram vistos pelos gregos como os inventores do ferro, e seu nome servia para designar o aço.

 

Piaskowiski sugere que os instrumentos mais antigos, considerados até agora, pelos historiadores da metalurgia, como resultados de meteoritos foram, na verdade, produzidos do ferro fundido, vindo do minério de ferro, em torno de 2000 a 3000 anos a.C. pela tribo dos Chalibes.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BORROW, George. Lavengro. London: Thomas Nelson and Sons, s.d.

BURTON, Richard Francis. The Jew the Gypsy and el Islam. New York: W. H. Wilkins sd.

CLÉBERT, Jean-Paul. The Gypsies. London: Vista Books, 1963.

FRASER, Angus. História do povo cigano. Lisboa: Editorial Teorema, 1997.

GIFFONI, Gerardo C. A divertida história dos metais. Volta Redonda: Ed. do autor, 2003.

GRELLMANN, Heinrich Moritz G. Dissertation on the Gypsies. London: Elibron Classics, 1787.

GRESHAM, William Lindsay. Os ciganos da estrela. São Paulo: GRD Editora, 1989.

MELLO, A. da Silva. A superioridade do homem tropical. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965.

PIASKOWISKI, Jerzy. “Archeometallurgy”. In HMS News, Historical Metallurgy Society, 45, Summer 2000 Forthcoming events, Chalybean Steel ─ ancient high-nickel iron, usually regarded as Meteoritic.

ROSA, João Guimarães. Tutaméia; terceiras estórias: faraó e a água do rio; o outro ou o outro; zingaresca (ficção), 3a ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1969.

TRIGG, Elwood B. Gypsy & Demons divinities. New Jersey: Citadel Press, 1973.

 


[1] Alguns estudiosos buscam na Bíblia uma origem para os ciganos. Segundo uma lenda bastante conhecida, eles foram condenados à peregrinação por terem roubado um dos quatro pregos da cruz antes da crucificação de Jesus. Outra versão já diz que os ciganos foram os responsáveis pela fabricação dos pregos para a crucificação.

[2] Porque OG, rei de Basan, era o único que tinha ficado da estirpe dos gigantes. Em Rabat, cidade dos filhos de Amon, se mostra o seu leito de ferro... (Dt 3,11)

[3] Relativo a ou indivíduo dos Pelasgos, denominação dada pelos gregos antigos ao povo pré-helênico que teria ocupado a Grécia e a Itália antes do sXII a.C. (Houaiss).

[4] Sejam vindos da Grécia ou da Índia eram especialistas em metais. (Nota do tradutor).

[5] Henrich Moritz Gottlib Grellmann (1787).

[6] O Oriente Próximo ou Próximo Oriente compreende a região da Ásia próxima ao mar Mediterrâneo, a oeste do rio Eufrates, incluindo: Síria, Líbano, Israel, Palestina e Iraque. In Wikippedia.

[7] Nome de uma região na parte noroeste da Anatólia.

[8] Alexandre, o latoeiro, tem-me feito muitos males: O Senhor lhe pagará segundo as suas obras. 2Tim 4,14.

[9] O verdadeiro nascimento da metalurgia do ferro pode ser localizado na costa meridional do mar Negro, onde um povo misterioso, os Chalibes, no começo do século XVII a.C. sabia extrair o ferro do minério e, possivelmente fabricar aço. Vestígios de fornalhas, facas de aço e instrumentos rudimentares para a agricultura foram descobertos na Armênia onde os Chalibes se tinham fixado. Foi deles, sem dúvida, que o império dos Hititas herdou o conhecimento da elaboração do aço, tornado-se a maior potência militar da época, o que lhe permitiu disputar vitoriosamente a supremacia na Ásia Menor à Babilônia, à Assíria e ao Egito [....]. A metalurgia do ferro difundiu-se depois no Egito, na Grécia, na Mesopotâmia e nos Bálcãs até chegar à Europa Ocidental através da bacia do Danúbio e pelo mar Mediterrâneo. (In Manual de Siderurgia, do prof. Alfredo de Oliveira Pereira, e eng. Marcel Louis Edouard Caron). Cortesia do historiador Ronaldo Gori.

[10] Os ciganos tanto se envolvem com metais que muitos grupos, ou subgrupos ou clãs, têm seus nomes derivados dessas ocupações: Kalderash > de Caldeireiro; Aurari > ouro; Kazandjia > Caldeireiro; Zatlari > garimpeiros, faiscadores; Meshteri Lacatuschi > serralheiro; Costorari > funileiro, latoeiro; Gadha Lohar > metais em geral; Korwas > fabricantes de pulseiras, colares e coroas.

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