Entre as mensagens essenciais à
nossa existência, através do respeitado médium Francisco Cândido Xavier, o
Espírito André Luiz nos diz:
'Qual ocorre a qualquer construção mecânica, seu
corpo físico pode ser empregado para edificar ou destruir, devendo trabalhar
em ritmo uniforme para isentar-se da ferrugem e combater o próprio desgaste.
Em você existem as causas da sua derrota e vibram as forças de seu triunfo.'
Todos nascem com as 'ferramentas' indispensáveis
à manutenção dos valores, da paz e das diretrizes para progredir. Muitos
chegam ao Planeta sem algum dos 'instrumentos', mas Deus oferece o
necessário à evolução, fortalecendo os benefícios dados a cada um. Isso
aumenta a responsabilidade, pois, com essas dádivas não se pode alegar falta
de condições para a caminhada. Eis alguns tesouros para nossa jornada:
Um auto-falante adaptado à garganta. - Nosso
aparelho fonador permite fluírem palavras de nossa boca. O objetivo é sempre
usá-las na construção do que é bom e útil. Se gritamos, xingamos,
maldizemos, não aproveitamos bem esse recurso abençoado. Falando com amor e
calma, utilizamos corretamente e atendemos a propósitos elevados e que
contribuem para um mundo de mais paz e união entre os seres...
Duas câmeras fotográficas incrustadas nos
globos oculares. - Nossos olhos nos permitem visualizar o que a vida tem
para nos mostrar. Também nisso há a intenção de vermos sempre o belo.
Infelizmente nem tudo é beleza, mas não devemos olhar o que não é bonito e o
divulgá-lo. Sempre podemos buscar as partes melhores, vendo o lado positivo
de tudo e todos, usando olhos e boca para a edificação. Não há ninguém
perfeito, como não há ninguém desprovido de valores. É no meio dos espinhos
que as rosas florescem. Cumpre-nos olhar os jardins humanos e enxergarmos as
lindas flores no meio da folhagem...
Dois gravadores de som encobertos pelas
orelhas. - Nossos ouvidos captam diversificados sons: as palavras faladas,
repletas de ternura e serenidade, ou as que são lançadas com fúria e
negativismo. A nós nos compete selecionar para ouvirmos o canto do trigo,
nunca o joio. A voz da natureza está em toda parte, até no silêncio, onde
podemos ouvir as mais belas palavras de Deus, que nos fala da plenitude da
existência. Ouvindo e vendo, optemos pela visão e voz do que embala o
coração e conforta a mente. Jesus, O Mestre dos mestres, nos alerta sobre
termos olhos de ver e ouvidos de ouvir; sentidos de sentir...
Um guindaste preso em cada ombro. - Nossos
braços são expoentes das nossas intenções. Cada gesto relata uma emoção,
pois o corpo fala, com a boca e outros membros. Os braços trabalham nas mais
diferentes funções, e nisso está um dos méritos da sua boa utilização. Uns
usam-nos para destruir vidas, outros para reverter quadros e salvar vidas.
Ao apontarmos o dedo numa direção, esse gesto relaciona-se ao que falamos,
vimos e ouvimos. Direcionado ao mal, incorremos em equívoco, ignorando que
os outros dedos estão apontados para nós mesmos, pois o que julgamos no
outro é o que também ainda habita em nós. Usemos os braços e toquemos as
fontes cristalinas e mansas do rio da nossa trajetória, eliminando atritos,
mágoas e ódios, clareando caminhos, fortalecendo caídos, alimentando ideais,
incentivando, pacificando. Estendamos as mãos como bálsamos a todos, num
abraço coletivo, no cântico da harmonia...
Dois suportes locomotores fixados ao tronco. -
Nossas pernas são colunas móveis que nos levam ao despenhadeiro e ao
lodaçal, ou ao campo de ar puro e em plena floração. Caminhamos em direção
ao pântano ou à terra que nos envolve em boas energias. Os pés podem
pisotear esperanças ou ir em direção aos necessitados de nossa palavra,
nosso olhar, nossa atenção para ouvir, nossos braços que acolhem, animando e
contribuindo para o rendimento da vida. Optemos pelo que melhor responda aos
convites do Criador. Em nós está a queda ou a solução. Deus está no comando
do veículo. Nossos pés são as rodas. E nós escolhemos entre nos perdermos
pelo caminho ou por cumprirmos corretamente o nosso roteiro...
Temos o coração, a mente e muitos outros
'mecanismos' interdependentes, para o bom funcionamento da nossa máquina
orgânica e utilizarmos na luz que brilha e vivifica sonhos. E acima de tudo,
o nosso pensamento é eletricidade que movimenta todas as 'peças' para fins
elevados. Falemos de amor, olhemos e ouçamos com amor, abracemos e
caminhemos distribuindo amor. Aproveitemos cada oportunidade de sermos
úteis, pensando, sentindo, vivenciando amor. Nossa passagem pela Terra deixa
as marcas do que fizemos com os tesouros a nós concedidos. Nosso corpo pode
ser sol, na sublime canção da vida, lançando raios luminosos e vitais para
todos. Vibremos luz e ela iluminará nosso caminho, plantemos gentileza e
também a colheremos, doemos amor e ele será nossa mais doce companhia. Carpe Diem! Abraços...
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