Pediram-me para escrever minhas impressões a respeito de ITAMAR
FRANCO (duas vezes Prefeito, três vezes Senador, Governador,
Embaixador, Vice-presidente e Presidente), e decidi que não
falaria sobre sua reconhecida honestidade, por compreender que
ser honesto é uma obrigação das pessoas e, em especial, de quem
se propõe a exercer uma função pública. Parodiando o Imperador
romano Júlio César, que cunhou esta expressão em uma situação de
família, assim ele poderia se referir à classe política: "Não
basta ser honesto, é preciso parecer ser honesto". Não há mérito
especial nisso. Talvez haja em um tempo de tantos escândalos
envolvendo homens públicos nas mais diversas esferas da
representação política.
Itamar nos orgulha por seu patriotismo, austeridade e a
simplicidade do bom mineiro. Seu amor a Minas Gerais, suas
referências elogiosas a Juiz de Fora e suas ações
administrativas são fartamente comentadas e dispensa novas
linhas.
Mas, se existe uma palavra que sintetize, para o juiz-forano, o
homem público Itamar Franco é 'água'. Em seu início de carreira
política, criou o Departamento de Água e Esgoto (atual CESAMA).
Na primeira gestão como prefeito, construiu a segunda adutora,
em um grave momento de crise no abastecimento d'água da cidade.
Como Presidente da República, participou da construção da
terceira adutora (inaugurada no primeiro governo de Custódio
Mattos), e concluiu a barragem de Chapéu D'Uvas (iniciada no
governo de JK no final dos anos 50). A barragem, além de
controlar o nível do Rio Paraibuna, permite agora a construção
da quarta adutora (em fase de conclusão), que garantirá o
abastecimento à cidade para muitas décadas.
Obrigado, Itamar Franco! Sua conduta deve ser seguida. Que Deus nos
ilumine e ajude a trilhar seu exemplo! |