Fico
imaginando as dificuldades de comunicação nos períodos
primitivos da Humanidade. Embora as descobertas e invenções
do passado, importantíssimas para o nosso tempo, faltavam
opções divertidas para a satisfatória convivência social.
Entendiam-se, comunicavam-se, mas com limitações. Faltavam
entretenimentos. A minha análise remonta ao paleolítico e
caminha pelo tempo. No período clássico Grécia, Roma e
outros países já utilizavam certas diversões. Teatro, jogos
e lutas nas arenas e festas em homenagem aos deuses
mitológicos eram catarses para seus desejos mais variados.
Com exceção do teatro que influenciou, inspirou e deu
subsídios às tendências de outros períodos, infelizmente
alguns outros “divertimentos” levaram milhares de seres
humanos à morte, pelas formas violentas e absurdas...
Na Idade Média, embora tantos momentos sinistros, os
divertimentos relacionavam-se às festas nos povoados, sempre
ligadas às classes dominantes e religiosas. Não podemos
esquecer as chamadas guerras “santas”, as Cruzadas e a
“santa” Inquisição; também momentos de trevas. Na Idade
Moderna e na Contemporânea não foi muito diferente. Mas há
aspectos positivos: Reforma Protestante, Iluminismo,
Renascimento, Revolução Industrial e Científica e outros,
legando-nos melhor visão cultural, religiosa e social. Novas
descobertas e invenções que, aprimoradas são essenciais ao
mundo atual. Não faltaram grandes guerras, isoladas ou
mundiais, também esmagadoras, contudo, as pessoas já
assumiam novas posturas, tendências e opções de
divertimentos e vida. Cultura e Ciência ganharam espaço,
possibilitando mudanças. Gutenberg fez a Revolução da
Imprensa e facilitou
a divulgação de livros e jornais. Thomas Edison clareou o
mundo com a luz elétrica. Samuel Morse e o telégrafo,
Alexander Graham Bell e o telefone contribuíram para as
comunicações à distância. Os Irmãos Lumière maravilharam o
mundo com o cinema. Wladimir Zworykin e Guglielmo Marconi
apresentaram novas opções de lazer com o rádio e a
televisão. Claro que essas
três descobertas foram também responsáveis pelo “choro
romântico” de quem acompanhava religiosamente os filmes,
músicas e novelas; novas diversões para os seres...
Hoje vivemos a era da tecnologia. Milhares de novidades e
objetos são veiculados como facilitadores da vida. E a
Internet é uma delas, com referências importantes em sites,
blogs e redes sociais. Mas tudo isso tem mão dupla. Há
aspectos evitáveis e outros incorporáveis. Há os bons,
responsáveis, sérios
e úteis, veiculando notícias, pesquisas, descobertas e
outros tópicos necessários ao cotidiano, variando de acordo
com o interesse pessoal. A internet com aspectos positivos é
bênção, que, bem aproveitada torna-se canal às mais
diversificadas aptidões. Timothy John Berners-Lee e outros
da área idealizaram isso, acredito...
Enfim chegamos ao nosso foco: as redes sociais. Como toda
novidade significativa, a Net e os seus
derivados foram
lançados e atraíram os habitantes do Planeta. Era a
oportunidade “tddebom.com.br” de fazer e/ou rever amizades,
trocar mensagens e idéias no bate-papo e MSN, etc. No bom
sentido, foi a “febre” alastrando-se veloz e agradável.
Orkut, YouTube, Facebook,
Twitter e outros fizeram a festa da galera de várias idades,
veiculando contatos entre pessoas do mundo inteiro
(parentes, amigos distantes), trocas de informações, etc. A
“nova maravilha” deixou quase todo mundo entusiasmado,
eufórico, feliz e interessado. E como um “milagre” o tempo
teve que se multiplicar, pois as redes ganharam a cena em
detrimento de outras coisas. Refiro-me ao aspecto positivo.
Muitas pessoas dedicaram um tempo às redes que transmitiam
tanto prazer e inovações. Eu mesmo utilizei e continuarei
nas boas redes, dentro dos meus princípios. Revi e conheci
muita gente legal através desses contatos. Amizades já
cotidianas e outras que se tornaram também do dia-a-dia.
Ouvi alguém dizer: “Eu não entendo a fulana. Ela me
adicionou em três redes sociais e lá conversa comigo vários assuntos
legais, mas quando me vê na rua, nem olha para mim.” Eu não
considero isso legal. Amizade deve ser alimentada e
vivenciada é sempre. Falar pela net e ignorar no dia-a-dia
não se encaixa no objetivo da ampliação de amigos para a
vida...
Mas infelizmente, entre tantos benefícios que minimizam a
solidão, multiplicam as
amizades, reforçam laços de uma vida
mais sociável, veio também uma nova “invasão bárbara”
alterando a estabilidade. Hackers, Bullyings e afins
resolveram destruir a paz e felicidade geral da nação “netiana”,
denegrindo a vítima com imagens abusivas, cruéis e
maledicentes; perfis hackeados, por descuido de seus donos
ou por “sabedoria maldosa”; danos morais, psicológicos e até
físicos, intimidações, ameaças, agressões e violências
variadas. Já não havia mais tranqüilidade. Desconfiava-se
até da própria sombra, temia-se exposição e ciladas. Os
cuidados ganharam vulto, pois ninguém quer ser maltratado e
vítima de abuso. Eu pergunto: “Isso seria o retrocesso
inconsciente à violência do passado ou maldade bem
consciente de alguns?” Felizmente os cadeados garantiram
mais privacidade e permanecemos nas boas redes sociais...
Por que ocorrem essas coisas chatas? É tão agradável
entrarmos em uma rede e nela expandirmos amizades legais e
sinceras, adquirirmos novos conhecimentos, curtirmos tantos
divertimentos oferecidos, aproveitarmos nosso tempo com
lazer, mensagens, notícias e informações úteis, sem
esquecermos que há vida aqui fora também. Muitos navegam
24h, teclando, curtindo e não fazem mais nada na vida. Ficar
só no virtual também não é o que se pode chamar de
convivência social, exceto se as pessoas moram em lugares
distantes e só podem se comunicar assim. Fica uma sugestão
que aplico à minha vida: usemos sempre que possível tudo que
a internet tem a nos oferecer de bom e saudável, façamos
cada vez mais amizades com outras pessoas, sejamos sempre
úteis a todos, pois o objetivo da vida é o seu rendimento. E
este só se faz com a colaboração geral. Sugiro a quem um dia
se equivocou pelos caminhos de atitudes infelizes: Repensar,
fazer uma análise e constatar que o mal não leva a nada e
que só o bem é o caminho. Sempre é tempo de mudar o rumo da
vida e corrigir pontos errados em nós, exemplificando para
os outros e incentivando a continuarem naquilo que curtem.
Reflitamos no seguinte: Muitas pessoas, internadas em
hospitais, presas sobre uma cama ou vencidas pela timidez,
têm nas redes sociais a sua única oportunidade de se
sentirem mais felizes, participativas, úteis e vivas.
Fundamental raciocinarmos que poderia ser um ente querido
nosso que está sendo vítima de algo não bom. E Jesus; O
Mestre dos Mestres ensinou que não devemos fazer ao outro
aquilo que não desejamos para nós. Meditemos bem nisso. Por
nós e pelos outros, façamos revisão das nossas atitudes e
trilhemos o caminho certo daqui para frente. Nós que estamos
conscientes disso devemos lutar contra os abusos e em favor
da existência plena de êxito, felicidade, paz, saúde, união
e demais valores nobres. Usar sem abusar; esta é a idéia.
Abraços...
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