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REFLEXÕES
por Ademir Fernandes

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...EVOLUÇÃO E REDES SOCIAIS...

Fico imaginando as dificuldades de comunicação nos períodos primitivos da Humanidade. Embora as descobertas e invenções do passado, importantíssimas para o nosso tempo, faltavam opções divertidas para a satisfatória convivência social. Entendiam-se, comunicavam-se, mas com limitações. Faltavam entretenimentos. A minha análise remonta ao paleolítico e caminha pelo tempo. No período clássico Grécia, Roma e outros países já utilizavam certas diversões. Teatro, jogos e lutas nas arenas e festas em homenagem aos deuses mitológicos eram catarses para seus desejos mais variados. Com exceção do teatro que influenciou, inspirou e deu subsídios às tendências de outros períodos, infelizmente alguns outros “divertimentos” levaram milhares de seres humanos à morte, pelas formas violentas e absurdas...
    Na Idade Média, embora tantos momentos sinistros, os divertimentos relacionavam-se às festas nos povoados, sempre ligadas às classes dominantes e religiosas. Não podemos esquecer as chamadas guerras “santas”, as Cruzadas e a “santa” Inquisição; também momentos de trevas. Na Idade Moderna e na Contemporânea não foi muito diferente. Mas há aspectos positivos: Reforma Protestante, Iluminismo, Renascimento, Revolução Industrial e Científica e outros, legando-nos melhor visão cultural, religiosa e social. Novas descobertas e invenções que, aprimoradas são essenciais ao mundo atual. Não faltaram grandes guerras, isoladas ou mundiais, também esmagadoras, contudo, as pessoas já assumiam novas posturas, tendências e opções de divertimentos e vida. Cultura e Ciência ganharam espaço, possibilitando mudanças. Gutenberg fez a Revolução da Imprensa e facilitou a divulgação de livros e jornais. Thomas Edison clareou o mundo com a luz elétrica. Samuel Morse e o telégrafo, Alexander Graham Bell e o telefone contribuíram para as comunicações à distância. Os Irmãos Lumière maravilharam o mundo com o cinema. Wladimir Zworykin e Guglielmo Marconi apresentaram novas opções de lazer com o rádio e a televisão. Claro que essas três descobertas foram também responsáveis pelo “choro romântico” de quem acompanhava religiosamente os filmes, músicas e novelas; novas diversões para os seres...
    Hoje vivemos a era da tecnologia. Milhares de novidades e objetos são veiculados como facilitadores da vida. E a Internet é uma delas, com referências importantes em sites, blogs e redes sociais. Mas tudo isso tem mão dupla. Há aspectos evitáveis e outros incorporáveis. Há os bons, responsáveis, sérios e úteis, veiculando notícias, pesquisas, descobertas e outros tópicos necessários ao cotidiano, variando de acordo com o interesse pessoal. A internet com aspectos positivos é bênção, que, bem aproveitada torna-se canal às mais diversificadas aptidões. Timothy John Berners-Lee e outros da área idealizaram isso, acredito...
    Enfim chegamos ao nosso foco: as redes sociais. Como toda novidade significativa, a Net e os seus derivados foram lançados e atraíram os habitantes do Planeta. Era a oportunidade “tddebom.com.br” de fazer e/ou rever amizades, trocar mensagens e idéias no bate-papo e MSN, etc. No bom sentido, foi a “febre” alastrando-se veloz e agradável. Orkut, YouTube, Facebook, Twitter e outros fizeram a festa da galera de várias idades, veiculando contatos entre pessoas do mundo inteiro (parentes, amigos distantes), trocas de informações, etc. A “nova maravilha” deixou quase todo mundo entusiasmado, eufórico, feliz e interessado. E como um “milagre” o tempo teve que se multiplicar, pois as redes ganharam a cena em detrimento de outras coisas. Refiro-me ao aspecto positivo. Muitas pessoas dedicaram um tempo às redes que transmitiam tanto prazer e inovações. Eu mesmo utilizei e continuarei nas boas redes, dentro dos meus princípios. Revi e conheci muita gente legal através desses contatos. Amizades já cotidianas e outras que se tornaram também do dia-a-dia. Ouvi alguém dizer: “Eu não entendo a fulana. Ela me adicionou em três redes sociais e lá conversa comigo vários assuntos legais, mas quando me vê na rua, nem olha para mim.” Eu não considero isso legal. Amizade deve ser alimentada e vivenciada é sempre. Falar pela net e ignorar no dia-a-dia não se encaixa no objetivo da ampliação de amigos para a vida...
    Mas infelizmente, entre tantos benefícios que minimizam a solidão, multiplicam as amizades, reforçam laços de uma vida mais sociável, veio também uma nova “invasão bárbara” alterando a estabilidade. Hackers, Bullyings e afins resolveram destruir a paz e felicidade geral da nação “netiana”, denegrindo a vítima com imagens abusivas, cruéis e maledicentes; perfis hackeados, por descuido de seus donos ou por “sabedoria maldosa”; danos morais, psicológicos e até físicos, intimidações, ameaças, agressões e violências variadas. Já não havia mais tranqüilidade. Desconfiava-se até da própria sombra, temia-se exposição e ciladas. Os cuidados ganharam vulto, pois ninguém quer ser maltratado e vítima de abuso. Eu pergunto: “Isso seria o retrocesso inconsciente à violência do passado ou maldade bem consciente de alguns?” Felizmente os cadeados garantiram mais privacidade e permanecemos nas boas redes sociais...
    Por que ocorrem essas coisas chatas? É tão agradável entrarmos em uma rede e nela expandirmos amizades legais e sinceras, adquirirmos novos conhecimentos, curtirmos tantos divertimentos oferecidos, aproveitarmos nosso tempo com lazer, mensagens, notícias e informações úteis, sem esquecermos que há vida aqui fora também. Muitos navegam 24h, teclando, curtindo e não fazem mais nada na vida. Ficar só no virtual também não é o que se pode chamar de convivência social, exceto se as pessoas moram em lugares distantes e só podem se comunicar assim. Fica uma sugestão que aplico à minha vida: usemos sempre que possível tudo que a internet tem a nos oferecer de bom e saudável, façamos cada vez mais amizades com outras pessoas, sejamos sempre úteis a todos, pois o objetivo da vida é o seu rendimento. E este só se faz com a colaboração geral. Sugiro a quem um dia se equivocou pelos caminhos de atitudes infelizes: Repensar, fazer uma análise e constatar que o mal não leva a nada e que só o bem é o caminho. Sempre é tempo de mudar o rumo da vida e corrigir pontos errados em nós, exemplificando para os outros e incentivando a continuarem naquilo que curtem. Reflitamos no seguinte: Muitas pessoas, internadas em hospitais, presas sobre uma cama ou vencidas pela timidez, têm nas redes sociais a sua única oportunidade de se sentirem mais felizes, participativas, úteis e vivas. Fundamental raciocinarmos que poderia ser um ente querido nosso que está sendo vítima de algo não bom. E Jesus; O Mestre dos Mestres ensinou que não devemos fazer ao outro aquilo que não desejamos para nós. Meditemos bem nisso. Por nós e pelos outros, façamos revisão das nossas atitudes e trilhemos o caminho certo daqui para frente. Nós que estamos conscientes disso devemos lutar contra os abusos e em favor da existência plena de êxito, felicidade, paz, saúde, união e demais valores nobres. Usar sem abusar; esta é a idéia. Abraços...

publicado em 18/11/2011
Ademir Fernandes de Sousa
Centro Espírita Amor ao Próximo
E-mail: ademirferso@hotmail.com
  
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